Rex Shares e Osprey Funds lideram ETF cripto inovadores

Os primeiros ETFs expostos ao XRP e ao Dogecoin serão lançados esta semana nos Estados Unidos. Conduzidos pela Rex Shares e Osprey Funds, esses produtos marcam um avanço regulatório inédito para duas criptomoedas que há muito ficaram afastadas dos mercados tradicionais. Esse marco amplia o campo dos ativos acessíveis aos investidores, além do bitcoin e Ethereum.

ETFs sob restrição : uma arquitetura regulatória incomum

Enquanto as chances de aprovação dos ETFs XRP e Dogecoin já haviam subido para 90%, dois novos fundos negociados em bolsa devem estrear nesta quinta-feira, oferecendo exposição regulada a essas duas criptomoedas no mercado americano.

Conduzidos pela Rex Shares e Osprey Funds, esses produtos são registrados sob o Investment Company Act de 1940, o que os diferencia dos ETFs cripto lançados anteriormente, geralmente regidos pelo Securities Act de 1933.

Como explica Greg King, fundador e CEO da REX Financial : “os investidores consideram os ETFs como ferramentas de acesso e negociação. A revolução das criptos já está em andamento, e oferecer uma exposição ao XRP à vista no âmbito do regime do ETF da Lei 40 americana é algo do qual a Rex-Osprey se orgulha e para o qual trabalhamos muito”.

Diferente dos ETFs Bitcoin ou Ethereum já no mercado, esses novos produtos não se baseiam na posse direta das criptomoedas. A exposição aos ativos ocorrerá por meio de uma estrutura indireta, principalmente via filiais offshore. Aqui estão os principais elementos dessa arquitetura :

• Para o XRP, o fundo usará uma entidade baseada nas Ilhas Cayman: REX-Osprey™ ;

• Para o Dogecoin, um modelo equivalente está previsto, embora seu nome exato não seja mencionado no prospecto público ;

• Esses ETFs poderão, opcionalmente, usar produtos derivativos ligados aos ativos para complementar sua exposição ;

• O modelo não constitui um ETF spot puro, mas inclui exposições a ETFs spot XRP de outras jurisdições, reforçando a conexão indireta com o ativo ;

• Sua aprovação sob a lei de 1940 oferece uma estrutura mais regulamentada em termos de proteção ao investidor, ao mesmo tempo que contorna algumas barreiras impostas pela SEC em produtos spot tradicionais.

Essa estrutura reflete uma vontade de inovação regulatória, devido à impossibilidade de oferecer ETFs 100% spot sobre ativos ainda sensíveis do ponto de vista das autoridades americanas.

Escolhas estratégicas que desafiam os padrões do mercado

A escolha do XRP e do Dogecoin como ativos subjacentes para esses novos ETFs não é por acaso. Enquanto outros produtos, especialmente sobre Solana, TRUMP ou BONK, aguardam lançamento, o XRP e o DOGE são os primeiros a superar essa etapa.

De fato, mais de 90 pedidos de ETFs cripto ainda estão pendentes junto à SEC, com decisões previstas a partir de outubro. Assim, a aprovação dos ETFs XRP, DOGE e Solana seria até uma certeza, destacando a evolução favorável da postura regulatória.

O XRP, apesar de seu passado jurídico conturbado com a SEC, desfruta de reconhecimento crescente entre os investidores institucionais. Quanto ao Dogecoin, ele se beneficia de sua popularidade histórica, alta liquidez e facilidade de integração em produtos derivativos.

Essas características fazem deles candidatos relevantes para ETFs construídos sobre uma arquitetura indireta. Vale notar que a Rex-Osprey já experimentou esse tipo de estrutura com sucesso. Em junho passado, a empresa lançou um ETF de staking baseado em Solana, um marco mundial.